Duas Coisas Muito Importantes

Na era da imagem. Sem imagens. Só palavras de duplo sentido. Que desenham qualquer coisa...

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Location: Lisboa, Olissipo, Portugal

Sunday, May 28, 2006

O Rock in Rio, segundo os meus vizinhos…


Eram 04:53 da manhã. Estremunhado, tentava organizar ideias acerca do ruído visual do segundo dia do RIR 2006. “Concentra-te, rapaz”. Subitamente….os Olivais no seu melhor! “Drogado?! Já fui, agora não sou”…assim, repetidamente. E querem saber mais? Era sogro e genro em discussão contínua. “Eu hoje não vou dormir aí” gritavam lá do fundo da rua, enquanto o Axl Rose buzinava em falsete da minha debilitada memória. “Não dormes aqui não, vais prá tua mãezinha lá pó terceiro andar! Vai trabalhar! És um garoto!”…àquela hora, era o que eu tentava fazer, mas o Armando (há que chamar as coisas pelos nomes) tem um timbre marialva que arrepia os dreadlocks do Axl Rose. E enquanto pensava na notícia de uma gravidez de uma antiga camarada de copos (dito assim às cinco da tarde “agora não posso beber” e pumba, bate na barriga…). “Não tens dinheiro?! Vai trabalhar”, repetia o homem-bigode-Armando, enquanto eu lembrava-me do desperdício de dinheiro que circula ali no RIR…epá, não há nada para fazer? Façam amor!

Mais uma d`O Janeiro:

  • À procura da forma perfeita

  • Friday, May 26, 2006

    Tarefas para “A arte de bem receber”…

    …hoje tenho que limpar a casa. Vou receber quatro amigos de longa data. E já estou a ver que é pela noite dentro. Muito se fala de harmonia, melodia, sincopados, maior, menor, os mártires da fila do 14º Bairro Fiscal de Lisboa, enfim, os Tool. Depois de muitas cartas de amor, encontrei-me com eles ali no Restelo. Epá, sabem aquelas pessoas que nos deixam a pensar “mas porque é que insisto em ler um jornal desportivo, quando os livros de bolso estão a um preço acessível?” Nada a ver? A lógica para os Tool, está como o Fernando Santos para o Benfica…

    Já tinha saudade desta rapaziada…

    Depois conto como foi….se é que ninguém me vai encontrar em Alfama, abraçado a um bigode jibóia de um gaiteiro local e eu a cantar «i know the pieces fit cuz I watched them fall away”. Tudo num cenário em que a perplexidade do dito bigode, chega a atingir a performance da melhor erecção masculina…

    Sunday, May 21, 2006

    SL Olivais (parte quê?)

    O humano procura sempre as raízes. Dizia-me um músico da nossa praça que é “revisitando o passado que se descobre a ingenuidade perdida”. Assistir a um jogo do Sport Lisboa Olivais é qualquer disso. De intermédio.

    Tudo é animal. Há um mudo que os únicos grunhos perceptíveis, que solta, resumem-se a “boa, boa. Boa, cara**o”. Ou “fedapuã”. Mainada! Passa o jogo a tentar imitar uma corneta em diálogos com uma multidão invisível ao comum do espectador.

    Descobrem-se também raparigas com “cara de namorada de jogador de futebol”. Não chegam a ser bonecas. Tem um ar de sofredoras. Se a tarde corre mal, o corpo é que paga. Mesmo que no dia seguinte, um CD de Tony Carreira venha embrulhado em papel da Worten com uma sentida missiva que começa por “desculpa, mas estava perdido…”.

    Cá fora passeiam-se velhas peças da infância. Homens outrora de cabelo quase africano e que agora acumulam neve no couro cabeludo. Por falar em problemas capilares, descobri os primeiros “indivíduos” a assistir a um jogo do Meu Olivais. Cabeça bem rapadinha e uma t-shirt dos Diabos Vermelhos. “Já te disse que não posso entrar no Disorder!”, dizia um deles…Aquilo cheira muito mal…

    O resultado do jogo? Mas para quê?




    P.S.: Mais uma d`O Janeiro

  • Ferramentas, armas, rosas e outras fantasias festivaleiras

  • Saturday, May 20, 2006

    Tool…

    Este riff…fodasse!!! Uma pessoa senta-se e ouve uma cena que um gajo diz: «man, é isto! Isto é a minha cena!». Assim, de forma coloquial e instintiva. Sem merdas. Sem procuras ou contextos. Fodasse, percebo o dialecto. E recebo a guitarra. E aquele baixo que me corrói de uma inveja saudável, que até lhe dava a minha mão direita para a comer.

    (O tema) «10,000 Days (wings pt.2)» é a melhor viagem desde «Eulogy» ou desde que descobrimos que também erramos. Os Tool sabem fazer reggae e estou a dançar. Canta sua besta, canta. «You`re the light and way, that they will only read about». AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!. É isto, meu porco? É este o texto que tinhas escondido?

    «Hooker with a Pénis» vem-me à memória com «The Pot». Há aqui muito discurso centrado em alguém. Não sei se maldizentes. O voodoo desmistificado de «Lipan Conjunring». Em «Lost Keys» o alerta queima e a guitarra descansou. E as tablas de «Right in Two». Guiem-me em esperanças vãs, suas bestas. Chego ao fim e procuro alguma coisa, que a espiral tenta esconder…

    Friday, May 19, 2006

    Home Affairs. Leiam lá, pá, e digam-me...

    Infelizmente, queira o leitor respeitar (sim, existem muitos leitores, muitos "eus"), dizia então acerca do respeito, que considero ter nascido no seio de uma família com um gosto tão duvidoso como um indiano a dançar rock javardo. Bom, certo é que esta semana tentei arrumar a casa. Literalmente.

    Tudo o que é patinhos de cerâmica, amarelos como um doente terminal. Pratos chineses com o traço do grafiti de Chelas. Jarras com rosas pintadas que mais parece a queda de um vaso de tinta para cima da dita jarra. Flores de plástico que dão sempre um óptimo colorido funesto. Arcas do tempo em que o meu pai deixava esperma na mão. Roupa feita de naftalina e traça, que em tempo chegou a ser de seda, algodão e outros. Enfim, estão a ver a figura?!?

    Mudar, não é? Dizem os entendidos que as mudanças de aparência são insuficientes, quando o interior ainda se passeia em tons blasé…Tentei, porra…

    Tuesday, May 16, 2006

    Numa festa de Touros…

    …acontecem coisas. Como deve acontecer em todo o lado. Coisas. Sob pena da festa resultar numa inóspita tábua rasa. Bebe-se até se conseguir discordar de nós próprios. Resmunga-se porque convém nunca estar tudo bem. Espetam-se moralismos num copo de Jameson. Acontecem sinergias com Madrid (Alcorconeros). Fala-se de Anarquia como quem diz que gosta de pistachos. Mas existe ali uma grande relação com o “fruto seco”. Liga-se a “rádio” em “velocidade de cruzeiro”, uma espécie de “Oceano Pacífico” retro-rock. Gritam-se vivas à sujidade humana. Reconhece-se o animal que vive em cada besta ao encher uma parede de riscos. “Gráfiti” é outro assunto. Dorme-se até sentir o incómodo da capacidade de regurgitar uma noite inteira…


    Parabéns ao pessoal da Tourada….

    (foi este sábado - 13/05 - lá para Alfama, onde o fado se canta de punho cerrado...)


    Por falar em tourada….o Campo Pequeno voltou ao activo, desta vez acho que é mesmo pelos modos correctos, ou seja, enfiar os humanos no meio da arena para os animais baterem palmas….espera…mas isso não era o prato do dia?....

    Monday, May 15, 2006

    Regresso das férias...

    ...quantas horas são precisas para se deixar de questionar....

    "mas o que é que estou aqui a fazer?!?!?"....


    Mais uma d`O Janeiro:

  • A minha rádio cheira a fresco
  • Tuesday, May 09, 2006

    Romper as férias

    Merda para isto de ser demasiado imaturo para me achar "uorcaólic"....



    3 crónicas d`O Primeiro Janeiro que escaparam...

  • Como é que se diz doninha em árabe?


  • O Grito Silencioso do Grunge


  • Até já, Blitz