Duas Coisas Muito Importantes

Na era da imagem. Sem imagens. Só palavras de duplo sentido. Que desenham qualquer coisa...

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Location: Lisboa, Olissipo, Portugal

Thursday, February 19, 2009

O atraso virou glamour…

…parece. Não tenho a certeza. O que nos meados da década de 90 era para mim uma infelicidade virou glamour nos dias que correm. Diz que o vinil é definitivamente uma moda. Deixou de ser conversa de melómanos. Abandonou as discussões de musicólogos. A malta com ouvidos espertos voltou a levantar as orelhas com o regresso do vinil.

Não há que recusar. Recordo-me numa viagem a Londres há coisa de dois anos olhar para a montra da HMV, da Oxford Street, e deparar-me com um monte de CDs em exposição e um akiplac com vinis na mesma montra. Era muito interessante ver esse regresso lento. Uma coisa que tinha saído das prateleiras lá do fundo, junto da música electrónica, estava agora na frente. A reconquistar. E curioso também ser o pessoal da música electrónica os únicos que não abandonaram o vinil…os experts em som mudaram-se todos para o brilhante som do digital enquanto que os “brutos” do tecno, house, hip-hop e outras miudezas, continuavam fieis ao som quente da bolacha preta…

Voltando a pegar no “atraso”. Viajando ainda mais para trás, quando ainda gravava os vinis de Censurados e Peste & Sida para K7, para guardar trocos para os valentes Iron Maiden, Guns`n`Roses, Bruce Springsteen, e outras Damas de Espadas, os outros comparsas da rua já tinham CD. Aquela bolachinha pequena da moda. Que “diz que” o som era magnífico. Limpo. Grande. Não riscava. Nem se deteriorava como as polegadas do camafeu preto. O mastodonte do vinil estava prestes a ser arrumado na cave e eu ainda andava com o «Nevermind» a ser riscado por uma agulha teimosa… Só mesmo em 1994 comprei o primeiro CD (esse, um tal de «Versus», dos Pearl Jam)

A coisa do vinil voltou lentamente à coisa de cinco anos. Lentamente começaram edições no formato antigo. Artigos de opinião que lhe faziam jus ao som que sai das colunas. A malta também é dada a ler umas tretas. Seja online ou em bibliotecas. Por essa altura o meu querido Pedro Coimbra já me tinha oferecido o «Masters of Reality», dos Black Sabbath. É um tipo que lê transversalmente as tendências, nunca os trend setters. Mas adorei. Achei uma piada pela nossa história comum a oferta do vinil. Quando fiz 27 anos num jantareco no Chiado ofereci a cada um dos presentes um vinil. A malta achou uma certa piada…nada de grave.

Dito isto, e com toda a absoluta incerteza, vejo um artigo na Visão, que não anda muito dada a novidades, a falar sobre o regresso do vinil. E pronto, já estilizou a coisa. As revistas da especialidade estavam já do lado do vinil. Todos já tinham falado nisto. Mas a coisa vai passar para o povo. O que era atraso por questões monetárias na altura da minha adolescência, é agora glamour puro. Ainda vou ter grande labregada às 2 da manhã a dizer-me “pá, comprei o último dos Franz Ferdinand em vinil, espectacular”. Boa pá….podias era comprar dois…ou três….Vai ser um fartar, vilanagem

Monday, February 02, 2009

Tudo nas calminhas...

...Coimbra. 1a vez! Apetitosa! Katarina! Peitos XL! Boca Gulosa! TUDO NAS CALMINHAS! Bela Morena! Tel:...

Li. É segunda-feira. O dever obriga a uma apurada revista-de-imprensa. Nunca paro na secção de anuncios classificados. Só que tive que atender o telefone e parei na página. (desculpas...). E li. Tudo nas calminhas...Arte. Rápida e eficaz. São soundbites comunicantes. Imagens que se vendem através das palavras. A organização de ideias. A publicidade apelativa. Estratégias de markting. Ao fim e ao cabo, o mundo novo...até já...