Duas Coisas Muito Importantes

Na era da imagem. Sem imagens. Só palavras de duplo sentido. Que desenham qualquer coisa...

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Location: Lisboa, Olissipo, Portugal

Friday, June 25, 2010

Optou por putas…

…foi o que aconteceu ao Miguel. Eram 21h50 de uma terça-feira e a semana ia repetir-se. Trabalho do sol da manhã até aos candeeiros da noite. Casa vazia. Mesa para um. Loiça suja para muitos. Resultado? Miguel optou por putas.

E optar é uma honra. É uma escolha. Optar por ser homossexual é mais do um desvio de comportamento. É uma opção. Optar por o amor de uma puta é de uma lisonja digna. Aliás, o prémio Nobel, o nosso Saramago, admite a páginas tantas do «Memorial do Convento», ao referir-se a putas, que aquilo é “gente séria”. Subscrito. Fair trade. Nada que enganar. Minutos, horas, noites. Tudo contabilizado. Um trabalho pago. Há piores. Mais mal pagos e com prazer zerado. O amor por uma puta dura 24 horas. Ou por uma streaper, se for o caso.

E putas porque meretrizes é como chamar negros aos pretos. É um acto de cobardia verbal. Um racismo subjacente de muito mau gosto. O melhor mesmo é tratar pelo nome. E puta é digno. Aliás, outro Nobel, o Garcia Marques não escreveu «Memórias das Minhas Meretrizes Tristes» ou «Memórias das Minhas Kengas Tristes». Escreveu «Memórias da Minhas Putas Tristes». E era um livro rápido, de um tipo com dificuldade para não depender das putas, as suas verdadeiras loucuras, os seus verdadeiros amores. O homem é de letras, porra! Ele sabe o que escreve.

No norte do nosso país, quando se saúda alguém que nos é próximo temos dois caminhos. «Este caralho pá!» ou «Este filho-da-puta». Ou seja, a mesma pessoa é um valente falo, másculo, viril, erecto, e ao mesmo tempo é um filho-da-puta, um gajo do caraças, um bacano, filho de uma mãe diferente, de uma mãe que tudo fez para ser feliz e para dar felicidade a todos os outros.

O Miguel desta história optou por putas porque lhes reconhece autoridade social. Reconhece-lhes valor. Paga pela excelência da companhia. Flirta, namora, redime-se. Se as amizades se pagam. Se os abraços e palmadas nas costas contabilizam a dívida ao próximo. É um ser compreensivo este Miguel…

Wednesday, January 20, 2010

Érika Mader…

…é o nome dela. E ela cheira a domingo. A domingo à tarde. A calçada de Copa. Ela na calçada de Copacabana. E eu a fotografa-la. Ela cheira a domingo. A Maracanã. Cheira a Mata Atlântica. A humidade carioca. A “balada” carioca. Cheira a Pão de Açúcar às 11 da noite. Tem luz para iluminar aquela cidade inteira.

Ela é um central elegante do Flamengo. É o Ricardo Gomes trocando o Fluminense pelo Flamengo. Mas também ficava bem de Vasco da Gama. Ela fica bem vestida na Topshop. Na H&M. Na Mango. Com Channel. Com Gaultier. Mas fica quase melhor nua. Digo eu. Que nunca a vi. Só em TV ou net. E nunca a cheirei.

Mas ela cheira a areia da Barra. É um edifício gostoso da língua de areia da Barra da Tijuca. É um condomínio vistoso. Com tudo a que um condomínio tem direito. E dispensa porteiro. É demasiado humana para exigir tal coisa. É a pele. Ela cheira a pele vinda do mar.

É bossa. É samba. É electro-samba. É rock cuidado. É rock bonito. Tem um grãozinho de distorção. Muito ao de leve que lhe dá todo o encanto. Dá o extra. Dá a combinação. Érika casa com tudo.

Cheira a swing. Cheira a balanço. É uma ginga de quem confunde o caminho para o frigorifico para beber água fresca da mesma forma que caminha numa passarele vermelha. Erika é todas as Garotas de Ipanema numa só. Roubo o sorriso à mãe de Cristo e espalha-o por todo o recanto contemplado com a sua presença.

Já a tive no quarto, na sala, no ecrã do local de trabalho. Apresentei-a para colegas de trabalho. Partilhei-a com amigos. Celebrei-a com mulheres. A Érika é daquelas coisas que não dá para consumir a solo. É um grito de beleza. De naturalidade. É um mundo.

Depois de a conhecer numa novela insuspeita, nunca mais a tinha visto. Não temos cruzado as mesmas ruas. Foi um acaso. Talvez por isso, com todo o acaso, revejo-a na série «Mandrake». E sinto-lhe o perfume. Há coisas maiores que nós nesta vida… FUI.

Friday, September 25, 2009

Os Radiohead metem-me nojo…

…sem merdas. Metem-me nojo. Tenho por o «Ok Computer» uma admiração impagável. Nunca mais conseguirei perceber música sem ter presente esse disco deles. Ensinou-me coisas sobre pop sem ser pop. Obrigado.

Mas desde as medidas que andaram a tomar em relação às piratarias que me tenho perdido em encontrar desígnios para os apelidar. São uns anti-pedagógicos incuráveis. Não conseguem ensinar mais nada ao mundo e repetem-se em medidas de Chico-espertos quando a sua responsabilidade, da banda, é tentar dar algo mais ao mundo.

É uma doença de alguns músicos instalados num sistema-anti-sistema. Por cá também temos isso. Os tipos que não conseguindo dar a volta à própria carreira inventam saídas de palco, inventam discos de borla, e outros cambalachos, sendo certo que o dinheirinho da SPA pinga sempre, o recibozito dos concertos está sempre assinado, tudo à conta de “outros tempos” em que o veículo “álbum” lhes garantia recompensas como “disco do ano” e outros tantos títulos oportunos.

Os Radiohead são os tipos mais expostos disto tudo. Ganharam a seu belo prazer no tempo das vacas gordas. E agora deliciam-se e não inventar nada e a usar tudo. Diz que os discos já não lhes interessam. Uau! Que surpresa! Que querem fazer EPs, num misto de “quero-namorar-contigo-mas-tenho-vergonha-de-o-dizer” para a cena indie, sempre disposta a “coisinhas” dessas.

Agora, esses valentes filhos-da-mãe vêm regozijar-se, na pessoa do seu guitarrista, Ed O'Brien, na sequência do «Three-stroke meeting». O rapazinho dos Radiohead ficou muito agradado com as conclusões dos músicos que se juntaram para tentar encontrarem solução para se prevenirem enquanto propriedade intelectual. Enquanto fazedores de arte. Enquanto proprietários de algo que lhes custa horas de vida a concretizar, a produzir, a pensar. E felizmente nesse grupo encontram-se gerações distintas como a do George Michael e da Lily Allen (esta nunca me enganou, tem tomates!). Esse grupo tenta sensibilizar autoridades para umas medidas adequadas aos downloads ilegais. Roubas uma, roubas duas, mas à terceira, dá para avisar a rapaziada que chega? Podem fazer, sim, mas com alguma regra. E até pudor. Ninguém gosta muito de roubar, diz-se entre civilizados…

Os Radiohead optaram por recolher dividendos de medidas pacóvias como “ah, vocês só pagam o que quiserem, meus amores” para os cegos fãs deixarem lá montes de dinheiro por um disco que não valia a ponta de um corno. Mas tudo em nome dos “independentes”….mas dependentes da chica-espertice destes pacóvios bifes…Porque os Radiohead, arautos do pensamento moderno, podiam ter pensado em tentar algo mais, mas não..vamos lá a sentar e recolher dividendos do passado…

E tudo isso com a bênção dos media e público aflito. Eu queria ver jornalistas a reagirem ao verem os seus textos publicados em todo o lado. E quanto mais fossem publicados nesses blogues da vida, menos o salário ia aparecendo na conta. E falei do jornalistas porque sim…porque podíamos falar de funcionários de balcão de banco, de enfermeiros, de padeiros, etc., etc.. Assim à pressa…só me dá nervos….a notícia em baixo…

http://www.guardian.co.uk/business/2009/sep/24/lily-allen-filesharing-twitter

Thursday, August 13, 2009

Idade da Morte (que atraí?)

É curioso como as enfermeiras começam a ter a nossa idade. Num corredor eterno de um hospital a voz materna recupera-me uma memória que não tenho. Fraldas e penicos na Estefânia. Aposto que naquela altura não olhava para as médicas e enfermeiras como as vejo agora. Vejo-as aqui e conheço-as na praia. Hora e meia antes elas ajudavam a uma transplante de coração. Coisa delicadíssima. Na praia revelam as coxas ternurentas que nos desviam o olhar do horizonte para dar uma fisgada no elástico do fio dental que se passeia a 3 metros de nós.

É curioso como elas têem a minha idade. A idade em que começamos a ver as coisas a morrer. Dantes desapareciam. Caíam na terra. Tapava-se com areia e eu fixava-lhes a cara num sorriso. Agora não. Desaparecem. Morrem. E as enfermeiras (e médicas) andam ali com as madeixas brilhantes a ofuscar a morte. Calças de ganga e crocks verdes (ou azuis, que isto de «meio-daltonismo»…). Elas andam ali com a morte pelas beiradas. A morte sentada na sala de espera. A morte a reclamar no guichet de atendimento. A morte a queixar-se ao segurança sobre um penso que doi. A morte a arrastar-se pelos corredores, a puxar o ferro do soro. Dá vontade de gritar com ela como faria Ivan Ilitch (do amigo Tolstoi). A morte também varre. Começa devagar como se faz ao varrer uma sala de estar. Vai-se aos cantos. Puxa-se o pó. De repente, em forma de acumulado, está lá o pó reunido em monte de lixo. Pronto para ser levado por uma pá. Será isso. Mais do que uma vassoura, a morte será a pá. E as doenças como vassouras. Siga.

A morte não se ri. Nem uma puta é, que as putas sérias (redundância parva, as putas são sempre sérias) enchem-nos de carinho a troco de um luxo, necessidade ou vontade. A morte não. Não é bonita sequer. É feia, dizem. Velhaca e ciumenta. Elas, as enfermeiras e médicas, sabem-no. E só para irritar a morte, voltam a produzir-se esmeradamente para sair do serviço. A ganga das calças sobe até uma mini-saia de pele morena. Curioso, não me lembro destas enfermeiras na Estefânia. Até aos quatro anos era cliente habitual, informa a voz maternal. Diz-se que era asma. Embebedava-me com Zaditen. Hoje embebedo-me com enfermeiras. As mesmas que fazem caretas à morte. As mesmas que sonham com sandálias da Fly e da Aldo, enquanto a morte sonha com os que sonham com ela.

Atraiem-me as enfermeiras. E as médicas, que não sou sectário. Mas mais as enfermeiras. Terá a ver com o estatuto hierárquico. Nunca fui muito dado ao poder. Só não me atrai a morte. Atraí-me esta médica felicitada por uma auxiliar do serviço. «É menino ou menina?». «Menina! Obrigado!» ruborizou a recem-prenha. Longos cabelos pretos e olhos de azeitona. A timidez levou-lhe as mãos aos bolos e a inclinar a cabeça para a frente. Horas depois vejo-a largar o serviço. Vestia-se em tons frescos a entrar nos verdes. Sandálias leves a acastanhar. Sóbria. Como uma mulher fecundada deve ser. Vai ser mãe, porra! E não se nota a morte que lhe ficou agarrada à bata horas atrás. A morte não me dá tesão. O mesmo não posso afirmar das enfermeiras (das médicas, sem etc.). E não, não recalco nenhum fetiche com batas e estetoscópios. Apenas e só o desfilar de fecho de turno. Aqueles ares frescos num ambiente tão funesto. Aquelas curvas que ficaram à solta debaixo da bata larga durante um, dois ou três turnos de seguida. Agoram estão presos na roupa justa e insinuante. Entesoa também que por baixo daquele gancho que agarra o cabelo moreno vai a cabeça feliz de quem à coisa de 30 minutos deu baixa de um senhora idosa e agora caminha feliz para o seu carro de 1100 de cilindrada. Feminino. Igualmente feminino. Aquilo tem um segredo. Ninguém convive com a morte nos corredores e meia hora depois deixa a morte na sala de espera. Há ali coisa…E entusiasma…

É curioso como não suporto hospitais e delicio-me com médicas e enfermeiras. As estudantes do corpo. Tão boas estudantes. Na escola eram sempre as da fila da frente. As preferidas das professoras. É igualmente curioso como um dia num hospital não serve para nada. Nem mesmo o fulgor encarnado dos jornais desportivos me levou a pensar noutra coisa que não na morte e enfermeiras (e médicas, sem etc.). Se passasse um dia no talho será que me apaixonava pelo açougueiro?

Wednesday, March 18, 2009

Sempre o Reininho...

..."As mulheres têm sido muito boas para mim (...) Agora, não adianta compreendê-las, já desisti (...) fazemos o que podemos"...

Resignado, mas com classe!

Friday, March 13, 2009

O espectáculo…

…seja qual for, tem que ser aplaudido. Ou pela desgraça de uma tentativa frustrada, ou pelo arrojo estético, de um momento, um happening, um rasgo. Há espectáculos para todas as disposições. Numa revisão recente que me autorizo a fazer d`«A Sociedade do Espectáculo», isso, do Guy Debord, não me consigo dissociar de uma outra noite recente em que o fim da linha se aproximou vertiginosamente de três marialvas armados aos homens.

Era uma sexta-feira à noite. E essas são as noites do “empurra”. Todos empurram as suas miseráveis semanas para cima das costas do outro, que por ter a boca impingida de cerveja, não tem tempo para responder aludindo que também a sua vida não é fácil. Nestas noite do “empurra”, o espaço de manobra para a estupidez é exponencial aos copos vertidos noite fora. Ninguém tem muito a teorizar sobre o mais despreocupados dos assuntos. Assim sendo, importa não ocupar a cabeça de outrem com despojos de uma semana árdua. Dito isto, juntam-se uns maduros e faz-se o cerco ao balcão.

Propostas são poucas e o cinzentismo latente ajuda a encontrar caminhos pouco claros. Se o espectáculo da vida já é de si uma dúvida que não sabemos se aplaudimos ou não, tenta-se piorar a situação. Já que era para bater no fundo, pois que seja com as botas cagadas de merda. São 5 da manhã e uma casa de putas era tudo o que se queria. Nã, streap não. Casa de alterne? Nã, isso é uma espécie de noite shoegazing quando o que se pretendia era hardcore.
Uma amiga convidada declinou o convite à última da hora. Entregou o namorado na sua vez. O cavalo de batalha era conhecer uma casa de putas perdida no meio de uma aldeia a 40 quilómetros de Lisboa. Objectivo: o pior dos mais reles. Já a espumar de ansiedade por ver in loco espectáculo do mais decadente (im)possível. Queríamos no fundo um que espectáculo que se apresenta-se “ ao mesmo tempo como a própria sociedade, como uma parte da sociedade, e como instrumento de unificação “. Ups, o Debord. Ups, é isso mesmo. Unir três marmelos em volta de um abominável momento.

“O espectáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens”. Isso Debord, isso mesmo! O homem que nos abre a porta e se teletransporta para o detrás do balcão, as informes mulheres, os pufs bafientos, o homem que se esfuma do outro lado do balcão e surge na cabine de DJ, o odor a álcool derramado, o perfume execrável, a falta de dentes (delas), a falta de maneiras (deles), a manchinha nas calças beges de quem alivia no “privado”, o homem que agora largou a mesa de som e canta não sei o quê no karaoke e pede “animação malta”. “O espectáculo que inverte o real é efectivamente produzido”. Ah, cá está Debord. O homem inverteu o real e está a produzir qualquer coisa….“o espectáculo na sociedade corresponde a um fabrico concreto de alienação”. Touché!

“o espectáculo é o momento em que a mercadoria chega à ocupação total da vida social. Não só a relação com a mercadoria é visível, como nada mais se vê senão ela: o mundo que se vê é o seu mundo”. E assim Debord explica-me, já no conforto do lar, o que estivemos ali a fazer. Além de evitar o espumante do LIDL, intimidade com as esforçadas fêmeas, o contacto com copos por lavar, uma cama vazia e desconfortável, além disso então, estivemos a ver o mundo

“ó gentis-homens, a vida é curta. Se vivemos, vivemos para marchar sobre a cabeça dos reis”

Shakespeare, Henrique IV

Tuesday, March 03, 2009

Um aplauso ao ódio…

…clap clap clap. Ter a capacidade de odiar é um exercício cansativo. Inconsequente. Pouco eficaz. Desviante do essencial. Há tanto para amar, para quê um ódio que corrói? Dito isto, convém defender estas linhas dúbias. E assim sendo, toda a acção carrega o seu oposto, logo, a capacidade de odiar carrega em sim uma desmesurada vontade de amar…Love-hate-love. Velha e cansada história. Não tenho muita paciência para odiar. Cá tenho os meus fígados azedos com determinados apontamentos, mas é passivo. Não é condutor nem conduta.

O Jorge Palma, esse miserável, consta lá no cabeçalho dos odiozecos. Tal como o Jim Morrisson, a quem um dia hei-de desfazer os ossos. O pobre do Palma é um palhaço pobre. Um actor social num país que encobre a sua riqueza apontando para os rotos que passeiam na rua. O Palma é esse triste. É esse lamento. É esse caixote do lixo. É esse amor barato escrito em rimas tolas e desprovidas de sentido. É um monte de copos encaixotados em pseudo-poemas de músicas de outros. Do Paul Simon ao Bob Dylan à “chansõn francésse” todos levam com o trôpego do Palma. O bêbado pobre trata de lhes roubar acordes e carregar-lhe com whiskey e cigarros fumados em letras esfumadas.

Até se pode considerar que o «Frágil» é um hino ao miserável. É. É e ponto. Nada mais do que isso. Que o «Bairro do Amor» e outras tantas bezanas mal curadas encalham em rimas repetidas, parece-me óbvio. Sem ideias e sempre à volta do quê? Ah a bezana e tão triste que sou…O Palma é o gajo que aguenta valentes palmadas dos seus amigos de luta. Dos que já largaram o cavalo. Dos homens de outros noites. Dos yuppies de agora. É o tontinho. É o gajo que desculpamos no grupo de amigos, sempre com o pensamento “epá, este gajo pá…coitado…mas é um bacano”… Tédio. É um tédio. E quase que voltava atrás quando ouvi o “Encosta-te a mim”. Encosta-te senão caio.

As melhores coisas que ouvi dele, curiosamente, ou não é dele ou tem gente com ele a trabalhar. Ora a Mafalda Veiga, sim, ficou muito bem a musiquinha, ou quando o triste Palma se mete com a Brigada Victor Jara e, mais recentemente, com a Cristina Branco. Uma pérola esta música chamada «Margarida», trabalhada pela joalharia de Mário Laginha. Um poema de um “outro” de Pessoa (Álvaro de Campos). Lindíssima. Muito bem cantada. Muito bem arranjada (Grande Ricardo Dias!!!). Um mimo. Uma classe. Um grande disco…

Quanto ao cantor do metro (que ideia tão bem vendida!!!) a coisa correu-lhe bem. Vá lá. Vá Palma…deixa-te estar entre a malta que precisamos de uns palhaços para animar a malta…