A culpa é tua Califa…
…e de mais ninguém. Desde que te foste no enterro da Primavera de 2008, nunca mais tive descanso nas manhãs de sexta-feira. Bateste com a porta. Não me deste coordenadas. Não me disseste quando voltavas, nem se voltavas. Nem um beijinho...
Tapaste-te com papel celofane como um niquab. Fazes-te passar por uma mera esquina na Estrada de Benfica. Não és. E acrescento que deverias de te vestir rapidamente para receberes as tuas tão adoradas velhotas, entupidas em dietas de revista cor-de-rosa, mas que não perdoam aqueles amontoados de cremes diabólicos com que forras as tuas iguarias.
E as tuas mesas? Os velhotes lampiões precisam das tuas mesas para discutir se o Quique Flores é mais do que outro toureiro para o Benfica ou se o Balboa não deveria mesmo ser emprestado ao Olivais e Moscavide. As mesas de ferro que a tua esplanada do lado ostenta não são a mesma coisa. São frias (como as loiras pintadas que te frequentam) e não cheiram a padaria (as loiras cheiram sempre a outra coisa, são sempre outra coisa qualquer). A forno. A café. A chocolate.
Deixaste-nos órfãos. A mim e aos meus parceiros. Eles já não se podem sentar numa mesa qualquer e comentar tudo o que não deveria de ser comentado. A italiana em chávena fria não é igual no Bilene. E tu sabes disso. Sabes da tua importância e armaste ao pingarelho a fazer-nos salivar cada vez que nos lembramos das manhãs de sexta-feira…
É no último dia da semana. Precisamente o último da semana de trabalho (porém, já os teus conterrâneos muçulmanos celebram o seu dia de descanso e de oração). Era nesse mesmo dia que me enchia de coragem, reservava pouco menos de 5 euros e mandava-me ao enfartamento de um Pão de dEUS misto com um galão escuro. O galão escuro…ainda é o menos, mais café, menos café, a coisa vem sempre degustável. Quanto ao pãozinho do senhor é que….não há meio…não consigo ultrapassar a tua falta. Nenhum outro farnel me satisfez…do Meco aos Olivais…de Paredes de Coura a Sintra…nunca mais te encontrei…
Agora não tenho para onde ir com o jornal enrolado na mão esquerda em passeio rally-paper em que evito as valentes poias, que os passeios de Benfica ostentam. Foste embora e nem me deste sinais de regresso. Como toda e qualquer coisa nesta vida, prometo não ter saudades tuas…
Tapaste-te com papel celofane como um niquab. Fazes-te passar por uma mera esquina na Estrada de Benfica. Não és. E acrescento que deverias de te vestir rapidamente para receberes as tuas tão adoradas velhotas, entupidas em dietas de revista cor-de-rosa, mas que não perdoam aqueles amontoados de cremes diabólicos com que forras as tuas iguarias.
E as tuas mesas? Os velhotes lampiões precisam das tuas mesas para discutir se o Quique Flores é mais do que outro toureiro para o Benfica ou se o Balboa não deveria mesmo ser emprestado ao Olivais e Moscavide. As mesas de ferro que a tua esplanada do lado ostenta não são a mesma coisa. São frias (como as loiras pintadas que te frequentam) e não cheiram a padaria (as loiras cheiram sempre a outra coisa, são sempre outra coisa qualquer). A forno. A café. A chocolate.
Deixaste-nos órfãos. A mim e aos meus parceiros. Eles já não se podem sentar numa mesa qualquer e comentar tudo o que não deveria de ser comentado. A italiana em chávena fria não é igual no Bilene. E tu sabes disso. Sabes da tua importância e armaste ao pingarelho a fazer-nos salivar cada vez que nos lembramos das manhãs de sexta-feira…
É no último dia da semana. Precisamente o último da semana de trabalho (porém, já os teus conterrâneos muçulmanos celebram o seu dia de descanso e de oração). Era nesse mesmo dia que me enchia de coragem, reservava pouco menos de 5 euros e mandava-me ao enfartamento de um Pão de dEUS misto com um galão escuro. O galão escuro…ainda é o menos, mais café, menos café, a coisa vem sempre degustável. Quanto ao pãozinho do senhor é que….não há meio…não consigo ultrapassar a tua falta. Nenhum outro farnel me satisfez…do Meco aos Olivais…de Paredes de Coura a Sintra…nunca mais te encontrei…
Agora não tenho para onde ir com o jornal enrolado na mão esquerda em passeio rally-paper em que evito as valentes poias, que os passeios de Benfica ostentam. Foste embora e nem me deste sinais de regresso. Como toda e qualquer coisa nesta vida, prometo não ter saudades tuas…
3 Comments:
amigo pedro, deixa-me associar a este teu lamento.
vivo mesmo ao lado do califa, e os últimos meses têm sido de pesadelo. Em mais de 30 anos de vida nunca tive que saber o que era passar sem uma ida ao califa por dia.
o meu desnorte é igual ao teu. se bem que para as refeições já arranjei abrigo no novo Terceiro Anel na Luz (por cima da Adidas).
Mas tudo indica que o nosso Califa abra dentro de um mês, revisto e aumentado e melhor que nunca.
e os croquetes?
Cidadão João Gonçalves!
Um prazer receber-te de novo neste humilde tasco!!!
O Califa bate tudo!!
Aqueles empregados, os enormes CROQUETES!!!
Vamos aguardar pela reabertura...para ver se ficamos melhor de saude!!!
Abração!!!!
Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...
Post a Comment
<< Home