O cosmopolitismo, mais de 50 anos depois...
…de se ter tornado sinónimo de grandes cidades, chegou a Lisboa. Não vale a pena discutir que já existiam provas do facto. Agora sim. É o momento. E qual o sinal divino? Qual a palavra passe para entrar nesse distinto e restrito grupo de cidades de nariz empinado que olham com indiferença para subúrbios? Táxi!!!
Mas não se trata de mais uma charopada sobre taxistas. Apenas é o dever deste pedante escriba reflectir em algo mais do que pensar em nomes para ofender o próximo energúmeno que celebre «Rise up», do Yves la Rock (só este nome!!! Reparem bem: Yves la Rock!!!! Lagares de azeite!!! Betoneiras de óleo!!!)
É pertinente numa primeira fase que este que vos escreve é um fã assumido do termo cosmopolita. Cidadão do mundo. Aquela história do cidadão que deseja ultrapassar as barreiras geopolíticas e não sei quê. Balelas pseudo-sofisticadas, mas que no fundo se tornam confortáveis no cérebro e no passar dos dias.
Ora, salvaguarda feita, resta avançar para o que realmente interessa. Supõe-se que alguns dos leitores (1 e meio) dos lêem esta prosa acrescentarão que muitos sinais de cosmopolitismo já estariam a piscar por esta altura. Claro que sim.
A conversa de que temos muitos espectáculos. Que sabemos receber muito bem. Que cruzamos muito bem com coreanos e suecos. Que Espanha não nos interessa (demasiado blasé!). Que há muita sofisticação desde restaurantes e artes performativas. Que temos a TimeOut. Que constamos no guia Gay Europeu. Enfim, temos lobbys e realidades do nosso lado.
Há indeléveis sinais de cosmopolitismo em Lisboa. Mas há coisas de rua que nos faltava. E não estou a falar de ver pares de namorados como um paquistanês com uma japonesa. Que também já há. E não me refiro à malta que vai ter que ir para a rua esfumaçar a partir de 1 de Janeiro, à lá Nova Iorque.
Refiro-me ao fenómeno (será?) de se querer um táxi a partir das 03h00 da manhã de sexta ou sábado e não existir um único livre. E mais do que isso. Existem filas nas paragens de táxi!!! Uma coisa super-cosmopolita! Super London!!! Super cheio de gente. Motins de noitadas. Uma coisa...
Pois claro que isso se deve a uma fraca rede de transportes nocturnos, e que não sei quê, e que o governo tem culpa por ter a oposição que tem, e que a oposição poderia ter outro governo e mais não sei que mais.
O que tem acontecido com alguma insistência é esse fenómeno (será mesmo?). E o facto dá-me vontade de levar a mão ao queixo e com o braço pendurado na janela, sorrir festejando estes significantes e signifcados…
Mas não se trata de mais uma charopada sobre taxistas. Apenas é o dever deste pedante escriba reflectir em algo mais do que pensar em nomes para ofender o próximo energúmeno que celebre «Rise up», do Yves la Rock (só este nome!!! Reparem bem: Yves la Rock!!!! Lagares de azeite!!! Betoneiras de óleo!!!)
É pertinente numa primeira fase que este que vos escreve é um fã assumido do termo cosmopolita. Cidadão do mundo. Aquela história do cidadão que deseja ultrapassar as barreiras geopolíticas e não sei quê. Balelas pseudo-sofisticadas, mas que no fundo se tornam confortáveis no cérebro e no passar dos dias.
Ora, salvaguarda feita, resta avançar para o que realmente interessa. Supõe-se que alguns dos leitores (1 e meio) dos lêem esta prosa acrescentarão que muitos sinais de cosmopolitismo já estariam a piscar por esta altura. Claro que sim.
A conversa de que temos muitos espectáculos. Que sabemos receber muito bem. Que cruzamos muito bem com coreanos e suecos. Que Espanha não nos interessa (demasiado blasé!). Que há muita sofisticação desde restaurantes e artes performativas. Que temos a TimeOut. Que constamos no guia Gay Europeu. Enfim, temos lobbys e realidades do nosso lado.
Há indeléveis sinais de cosmopolitismo em Lisboa. Mas há coisas de rua que nos faltava. E não estou a falar de ver pares de namorados como um paquistanês com uma japonesa. Que também já há. E não me refiro à malta que vai ter que ir para a rua esfumaçar a partir de 1 de Janeiro, à lá Nova Iorque.
Refiro-me ao fenómeno (será?) de se querer um táxi a partir das 03h00 da manhã de sexta ou sábado e não existir um único livre. E mais do que isso. Existem filas nas paragens de táxi!!! Uma coisa super-cosmopolita! Super London!!! Super cheio de gente. Motins de noitadas. Uma coisa...
Pois claro que isso se deve a uma fraca rede de transportes nocturnos, e que não sei quê, e que o governo tem culpa por ter a oposição que tem, e que a oposição poderia ter outro governo e mais não sei que mais.
O que tem acontecido com alguma insistência é esse fenómeno (será mesmo?). E o facto dá-me vontade de levar a mão ao queixo e com o braço pendurado na janela, sorrir festejando estes significantes e signifcados…
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