Misogenia? Não obrigado, só…
…porque eles querem. Então vamos lá a isto. O Público ao domingo publica, em conjunto com o jornal, uma revista. De seu nome, Pública. Há canais que nos chegam a «casa dos ricos» (pessoal com TV Cabo) e que transmitem uma série intitulada «Dr. House». Coisa de culto, assumem alguns. Ora, feitas as apresentações toca a junta-las no mesmo texto.
A Pública apresentou uma capa no passado dia 08 de Abril em que rebentava com um paradigma muito engraçado que a sociedade modernaça, em conjunto com o «Sexo e a Cidade», tem vindo a celebrar. O paradigma do metrossexual. Nada contra. Nada a favor.
«House vai acabar com os metrossexuais?» era a pergunta de capa. E lá estava o actor Hugh Lurie com aquele olhar a franzir uma testa com rugas, uma barba mal semeada e um cabelo pouco aprumado. E se a proposta da revista era obrigar a leitura de tal observação sociológica, pois que foi conseguida aqui em casa.
O texto ia mais longe e indicava mesmo que o Dr. House (a sua figura, portanto) tinha destronado Beckham. Um tipo com uns abdominais em forma de cumes prazerosos e um palmo de cara que consegue fazer esquecer uma tirada pós-coito como «ligas a televisão para vermos o Manchester com a Roma?». O rabugento do House é mais sexy que isso tudo, diz o texto…
Em traços gerais, o artigo assinado por Ana Gomes Ferreira (bem esgalhado, acrescente-se) indicava que o sanguinário Dr. House acabara de matar com a estafante moda metrossexual. Depois da leitura do artigo acredita-se que as mulheres já não terão motivos para mais uma enxaqueca na manicure ao aperceberem-se que ainda têm quatro homens antes delas na fila para o atendimento.
As despesas lá de casa também vão suavizar. Cremes e tonificadores vão estar fora de moda dentro de dias. A depilação volta a ser do género feminino. Os sovacos poderão voltar a deixar um leve aroma no ar e os pentes voltam para a cesta da parceira. A mulher volta a ser feminina e o homem volta a ser feio. Acabou! Está resolvido.
Estamos cansados de não nos reconhecermos nas diferenças. De não as saborear. De não as complementar. Numa sociedade em que se cultiva o corpo perfeito («mente débil em corpo estéril»), qual nazismo aceitável de seres perfeitos, a metrossexualidade levada ao extremo (pré-bicha) é tão aberrante quanto o Michael Jackson querer ser branco. Oba, o cérebro voltou a ser motivo de atracção para o sexo oposto.
Viva o pessoal diferente! Viva o pessoal sem penteado pré-definido! Viva o pessoal higiénico! Viva o banho diário! Viva a estria! Viva as mamas assim-assim! Viva as barriguinhas mediterrâneas! Viva o ventre liso! Viva tudo o que é biforcado! Viva o clássico revisto! Viva o pessoal com comportamentos desviantes! Viva a bichice íntegra! Viva duas coisas diferentes! E viva a rapaziada imperfeita…
…porque eles querem. Então vamos lá a isto. O Público ao domingo publica, em conjunto com o jornal, uma revista. De seu nome, Pública. Há canais que nos chegam a «casa dos ricos» (pessoal com TV Cabo) e que transmitem uma série intitulada «Dr. House». Coisa de culto, assumem alguns. Ora, feitas as apresentações toca a junta-las no mesmo texto.
A Pública apresentou uma capa no passado dia 08 de Abril em que rebentava com um paradigma muito engraçado que a sociedade modernaça, em conjunto com o «Sexo e a Cidade», tem vindo a celebrar. O paradigma do metrossexual. Nada contra. Nada a favor.
«House vai acabar com os metrossexuais?» era a pergunta de capa. E lá estava o actor Hugh Lurie com aquele olhar a franzir uma testa com rugas, uma barba mal semeada e um cabelo pouco aprumado. E se a proposta da revista era obrigar a leitura de tal observação sociológica, pois que foi conseguida aqui em casa.
O texto ia mais longe e indicava mesmo que o Dr. House (a sua figura, portanto) tinha destronado Beckham. Um tipo com uns abdominais em forma de cumes prazerosos e um palmo de cara que consegue fazer esquecer uma tirada pós-coito como «ligas a televisão para vermos o Manchester com a Roma?». O rabugento do House é mais sexy que isso tudo, diz o texto…
Em traços gerais, o artigo assinado por Ana Gomes Ferreira (bem esgalhado, acrescente-se) indicava que o sanguinário Dr. House acabara de matar com a estafante moda metrossexual. Depois da leitura do artigo acredita-se que as mulheres já não terão motivos para mais uma enxaqueca na manicure ao aperceberem-se que ainda têm quatro homens antes delas na fila para o atendimento.
As despesas lá de casa também vão suavizar. Cremes e tonificadores vão estar fora de moda dentro de dias. A depilação volta a ser do género feminino. Os sovacos poderão voltar a deixar um leve aroma no ar e os pentes voltam para a cesta da parceira. A mulher volta a ser feminina e o homem volta a ser feio. Acabou! Está resolvido.
Estamos cansados de não nos reconhecermos nas diferenças. De não as saborear. De não as complementar. Numa sociedade em que se cultiva o corpo perfeito («mente débil em corpo estéril»), qual nazismo aceitável de seres perfeitos, a metrossexualidade levada ao extremo (pré-bicha) é tão aberrante quanto o Michael Jackson querer ser branco. Oba, o cérebro voltou a ser motivo de atracção para o sexo oposto.
Viva o pessoal diferente! Viva o pessoal sem penteado pré-definido! Viva o pessoal higiénico! Viva o banho diário! Viva a estria! Viva as mamas assim-assim! Viva as barriguinhas mediterrâneas! Viva o ventre liso! Viva tudo o que é biforcado! Viva o clássico revisto! Viva o pessoal com comportamentos desviantes! Viva a bichice íntegra! Viva duas coisas diferentes! E viva a rapaziada imperfeita…
6 Comments:
Pois que gosto de te ler... e quero que outros te leiam... a emergência aguarda-te. espreite,sff :)
Devo dizer que sou fã incondicional de metrossexuais... Adoro um homem com tudo no sítio, sempre a cheirar bem, sem pêlos em sítios estranhos e com o cabelo impecavelmente penteado. Difícil é achar um que também tenha coco. Mas não impossível! No fundo, é a mesma batalha das mulheres: as bonitas são sempre burras, diz a sabedoria popular. Tirando os maus exemplos da bela e o mestre, há por aí muita gaja boa cheia de neurónios. Não me venham dizer que o mesmo não se passa com os homens! hehehehe
Anita!
Muito obrigado pela dica na tua chafarica!!! Lá estou eu a corar...
Blond Ambition:
Obrigadíssimo!
Fui ao teu espaço mas não consegui saudar com comentário...Shame on me...
Tenho que lá voltar.
Obrigado
Viva o cheiro a cavalo!
Viva a barba dos 3 dias (gosto muito)
Viva o arroto!
Viva a camisola de qualquer maneira!
Viva ao teni desapertado!
Viva ao rapaz acanhado!
edna*
Ora ora, a pequena Edna!
Como sempre, libertária!
Obrigado, pequenina!
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