Duas Coisas Muito Importantes

Na era da imagem. Sem imagens. Só palavras de duplo sentido. Que desenham qualquer coisa...

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Location: Lisboa, Olissipo, Portugal

Monday, January 15, 2007

A Adega e a Lily das meias altas…

É tão bom estar enamorado. Imiscuindo-me de citar José Eduardo Moniz numa das suas últimas entrevistas quando se referenciava ao seu (de)mais-que-tudo, confesso que corroboro com o homem. É difícil estarmos muito tempo sem nos envolvermos com uma…cena.

Ora, a esta humilde criatura bateu outro enamoro. É. Tirei férias do Brasil e mudo-me de letras e elogios para o meu querido Reino Unido. É de lá que me chegam notícias boas sobre duas personagens, que calam fundo na minha retórica elogiosa. Uma delas já não será novidade, apenas um reforçar de posições. Lily Allen. Já tinha deixado alguns indícios de sedução sobre esta menina.

O reforço deste namoro foi-me dado por uma entrevista dada pela menina à Uncut. Lá ela confessa que vendia droga em Ibiza aos 15 anos. Aliás, a menina revelou interessantes teorias sobre as mesmas. «Cocaine? You`d just stand around talking bollocks all night. Ecstasy? You`d think your music was the best ever and it`d sound like shit (...) Golden rule with drug-dealing: don`t get too enthusiastic about your own merchandise».

Esta é a menina que estiliza o seu homem entre Graham Coxon (o anhuca dos Blur) e Peter Crouch (esse mesmo, a girafa da selecção inglesa). Lily Allen gostaria de ter uma cena a dois com a Paris Hilton e apetecia-lhe esmagar o crânio das Sugababes. Não se considera louca. Planeia filmar uma orgia com o resto da banda, para fins comerciais. Crê que reencarna o Ghandi, mas que no entanto ainda se acha bastante longe da representação terrestre do xamã Joe StrummerJoe was the most amazing man who ever walked the Earth»). Menina, respect!

Este foi um flirt comparado com o fogo soul que me rapa desde os tornozelos até ao baixo ventre…Nome? Amy Winehouse. Álbum? «Back to Black». E tremo. Uma autêntica teia dos afectos. A força de um punhado de músicas espalhadas por um álbum que aguenta-se. Chega ao fim. Consegue esse feito sem nos maçar. A Motown pejada glamour intemporal. A filha branca que Aretha Franklin quis esconder devido ao embaraçante, e ao mesmo tempo festejado, alcoolismo da menina Amy. Cassandra Wilson e Etta James a brincarem com DJs branquelos da noctívaga Londres. Tudo na Amy Winehouse (adega, portanto…).

E após degustar freneticamente o disco, fui atrás da imagem. Soberba! Morena de olhos azeitona. Cabelo esgadelhado a sair da cama após consumir sexualmente mais dois kilogramas ao companheiro. Brincos de argola largos em jeito de pegas. Lábios de riso demoníaco e sensual. Tatoos naifs. Imagem menina-que-podia-tatuar-umas-cerejas-mas-quero-é-vinho.

«Pure Soul Power», intitula a Mojo acerca de um espectáculo da moçoila. E a publicação vai mais longe. «Clutching the microphone as if her life depended on it, she`s a fun-house hall of mirrors-contorted vision; a gorgeous cross between a 50s pulp novel jacket Bad Girl and the Walt Jabsco gangster, her hair half-a-foot high, Kohl black, teased and tangled, with a yellow rosebud poking out above her right ear (…) with eyes shining bright out of heavy Cleopatra make-up, her mouth daubed in red lipstick quickly smudged from gulping at a glass of red wine». Bla bla bla. É tesão pura e mainada.

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