Duas Coisas Muito Importantes

Na era da imagem. Sem imagens. Só palavras de duplo sentido. Que desenham qualquer coisa...

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Location: Lisboa, Olissipo, Portugal

Thursday, February 15, 2007

Versículo de hoje…

…«O rancor é cruel e a fúria é destruidora, mas quem consegue suportar a inveja?» (Provérbios 27:4, escrito por Salomão). Ora, posto isto, as linhas seguintes são apenas atalhos ou nadas de dissertação em torno daqueles impactos que certos indvíduos causam em nós e que, humildemente, guardamos na gaveta do «resolver-depois».

Cruel e tal e destruição coiso e nice, mas o problema é a inveja. Há artistas que exorcizam os seus rancores em composições poeticamente cruéis. Habilmente, conduzem a sua fúria por canais que levam a destruição de cânones, de segmentos, de protótipos. E fazem-no habilmente. O resultado é a inveja de outros parasitas menores que se acomodam a status e formatações unívocas.

Problema principal. Lidar com esses artistas. Pretensão: Palavra que saltita na mente como um «No Ar» das cabines dos animadores das rádios locais. Pretensão, que saudavelmente venero e apoio, quando seres se apropriam da dita cuja (a pretensão, portanto) para querer «algo mais». Caso prático, o nosso Mourinho.

Não é do rapaz da bola que falo. É do Reznor mesmo. O Trent dos NIN. Uma peça de colecção. Zangado com fórmulas. Arruinado pela sua auto-destruição mental. Uma sensibilidade única que o corrói diariamente. Lembrou-se dos Human League, do Gary Numan, e de um heavy metal rezingão para soltar as suas letras «quase-furiosas» por cima dessa mescla sonora. E refiro «quase-furiosas» porque o rapaz, por muito que tente, acaba por repetir-se na temática demasiadas vezes. E o que era furioso passou a ser um arfar de velho decrépito.

Porém, há um porém. O homem tem um resto. É um tímido com um resto enorme. Um resto de qualidade sonora. De dedicação. De exigência. De determinação. E é um exemplo como artista. Mas também falha. Falha quando se repete nas temáticas. Quando a máquina de palco falha e as luzes vão-se abaixo. Apetece-lhe sussurrar ao ouvido «pá, és humano». E no caso, tem uma cagança superior à qualidade. Factor que ainda estou para resolver se é favorável ou de lamentar. Portanto, vai para a gaveta do «resolver-depois». Pá, fartei-me do gajo, confesso. Três dias a atura-lo e não lhe saquei um rasgo genial que eu tanto buscava. É um gajo a ter em atenção, mas nunca genial. Uma genialidade por mim visível. Não o invejo, portanto.

E por entre a semântica de desígnios como a crueldade, a destruição e a inveja surgiu-me a voz de outro profeta, Ney Matogrosso, no caso. «As pessoas tímidas são muito perigosas», confessou o cantor numa entrevista a Carlos Vaz Marques (TSF), que juntamente com outros bons pedaços transcritos da oralidade para a prosa apresentam-se de forma equilibrada no livro «MPB.pt». Tímidos e perigosos…gostamos ou bazamos?

P.S.: Porém....é genial na programação do novo álbum...sigam as pistas....

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