Memórias de África…
…não as tenho. Já por outras altura para aqui se referiu isso mesmo. África? Nunca lá estive. Gostava muito. E as vontades são para se cumprir. Falam-me de cheiros. E daqui deste quarto de freguesia urbana a única coisa a que me cheira é ao resto das rabanadas dos preparativos da noite anterior. O quente dos trópicos, a humidade, as relativas altitudes, o povo selvagem, instintivo, aquele regresso à inocência, é disso que me falam. Apenas o início para descobrir o que para ali vai naquele continente iniciático.
Fala-me gente que me é querida, e sempre me relata com o coração nos olhos. São memórias de Luanda, das Mahotas, da Ilha do Fogo (e das outras todas), de Cape Town, Krueger, e outros tantos depósitos de história que só lhes toco via livro ou ecrã. O imaginário é sempre remexido através de documentos musicais que nos fazem recuperar o que nunca nos pertenceu.
«Memórias de África» apresenta-se como uma edição indispensável. Mas sem merdas. É mesmo. Documento indispensável que muito colmata a visão portuguesa, de nicho, sobre outras culturas em que não se pratica algo entroncado no português. Para alguns, «Memórias de África» teria um valor adicional se fosse uma recolha sobre o Mali, Senegal, Botswana ou mesmo do Chade. Seria mais exótico. Mais desconhecido. Menos patriótico. Mais além-fronteiras. Menos restos de colonizadores. A história, porém, não se pode alterar. Está escrita e o melhor que temos a fazer em relação a ela é conhecê-la para não a repetir. E como dizia Drummond de Andrade, «peço desculpa, mas pelo adiantar da hora me encontro anterior a fronteiras».
Esta novel edição tem como ponto de partida «as grandes músicas dos anos 60,70 e 80. Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe». Este documento, todavia, é um levantamento unilateral, dado que os fonogramas foram recuperados, maioritariamente, dentro de um espectro curto de editoras. As essenciais à época, indicarão alguns. Tem um ou outro erro de revisão, quase como reflexo de um acto africano. Mas arre!, é um dos documentos mais bem trabalhados de sempre da história musical legada à língua portuguesa. Uma compilação soberba. Essencial como instrumento de consulta.
Está bom de ver. Quatro discos que separam 30 anos e 5 países, mas ancorados ao passado português. Sem saudosismo de outras épocas. Apenas como documento histórico, essencial para perceber quem foi Zeca Afonso, por exemplo. Autêntica obra de biblioteca. A história musical de Portugal também se inscreve aqui…
Fala-me gente que me é querida, e sempre me relata com o coração nos olhos. São memórias de Luanda, das Mahotas, da Ilha do Fogo (e das outras todas), de Cape Town, Krueger, e outros tantos depósitos de história que só lhes toco via livro ou ecrã. O imaginário é sempre remexido através de documentos musicais que nos fazem recuperar o que nunca nos pertenceu.
«Memórias de África» apresenta-se como uma edição indispensável. Mas sem merdas. É mesmo. Documento indispensável que muito colmata a visão portuguesa, de nicho, sobre outras culturas em que não se pratica algo entroncado no português. Para alguns, «Memórias de África» teria um valor adicional se fosse uma recolha sobre o Mali, Senegal, Botswana ou mesmo do Chade. Seria mais exótico. Mais desconhecido. Menos patriótico. Mais além-fronteiras. Menos restos de colonizadores. A história, porém, não se pode alterar. Está escrita e o melhor que temos a fazer em relação a ela é conhecê-la para não a repetir. E como dizia Drummond de Andrade, «peço desculpa, mas pelo adiantar da hora me encontro anterior a fronteiras».
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1 Comments:
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