Ser modernos é…
…a única coisa que não podemos evitar. (Salvador) Dali disse-o a alguns alunos. Ou melhor, discípulos. Já que é mesmo de doutrinas que se trata. A formação teológica da FlorCaveira. De onde vêm? Ao que vêm? O que é uma consoada para esta gente que mistura baptistas e evangelistas, ateus e maniqueístas? E, principalmente, o que faz o Rui Reininho no meio de toda esta gente?
Era uma quinta-feira à noite. Como tantas outras, que são frias e interessantes ao chegar ao dia 24 de Dezembro. Nos dias antes, ou melhor, em todo o mês antes, há malta que se junta de semana com motivos para um «jantar de Natal». Mesmo que nunca, e por sacrilégio, se fale do dia 25. O leitmotiv é o que estiver entre um braço caído em perpendicular à mesa e os copos (cheios) disponíveis numa mesa. Não se elabora nada de última ceia. Assim como a FlorCaveira o desconstruiu, ao seu modo, para o retrato do Expresso no sábado último. Tipo..não somos apóstolos, mas temos quem seguir.
Ora, não perdendo o fio da coisa, era uma quinta-feira que rimava com FlorCaveira. Tudo no Maxime. Tudo ao molho e fé no deus deles. Uma malta que se reúne sob a égide de um pastor não declarado. Mas ele está lá. Dá ordens sorrateiras ao baterista. Anuncia o próximo número em palco, qual acto circense, e tem jeito para umas alfinetadas sócio-politicas. O resto do rebanho emana talento musical que até fede ao subirmos a Praça da Alegria. O cabecilha desta malta já vergou os 30`s. Por vezes soa ressabiado. É natural. Está cansado da luta e quer entregar o que não conseguiu erguer. Mas tem discípulos. E muito bons. Samuel Úria é o topo. Procurem ou deixem um primo mais novo vos falar nele daqui a 5 anos.
Os rapazes mais novos dividem-se por inúmeros projectos musicais, ainda que na noite de quinta-feira estivessem todos unidos em torno do repertório da FlorCaveira. Dos vários artistas daquela companhia. Simpáticos, seguidores por natureza. Comentava-se para o lado que noutros tempos não se queria era ser de nada. Era uma comunidade de independentes. Coisa dos 90`s. Actualmente, essa sensação naif de liberdade está entregue ao associativismo declarado. Antes pertencer do que esquecer.
É a nova malta fervilhante da música portuguesa. Faz as delícias da imprensa que busca sempre algo de novo. Mas não só. São modernos. Ouviram coisas antigas mas esborratam a pintura com modernice. Só porque sim e não me parecem muito disponíveis para discussões tolas em torno de influências. Eles resolvem tudo no intervalo do espectáculo no Maxime. Chutam Carlos Paredes para o som ambiente e chamam o Reininho para o palco. Mas o Reininho? Sim. Outra e mais outra vez. O gajo não tem nada a provar. Ele está sempre “lá”. Naquele cantinho pós-modernista. Quem não o percebe, nem percebe o que se passou ontem, e que talvez hoje já não interesse, talvez tenha que ir em busca de dicionários sociais. É um lufa-lufa e nada é de ninguém e tudo é de todos…
Era uma quinta-feira à noite. Como tantas outras, que são frias e interessantes ao chegar ao dia 24 de Dezembro. Nos dias antes, ou melhor, em todo o mês antes, há malta que se junta de semana com motivos para um «jantar de Natal». Mesmo que nunca, e por sacrilégio, se fale do dia 25. O leitmotiv é o que estiver entre um braço caído em perpendicular à mesa e os copos (cheios) disponíveis numa mesa. Não se elabora nada de última ceia. Assim como a FlorCaveira o desconstruiu, ao seu modo, para o retrato do Expresso no sábado último. Tipo..não somos apóstolos, mas temos quem seguir.
Ora, não perdendo o fio da coisa, era uma quinta-feira que rimava com FlorCaveira. Tudo no Maxime. Tudo ao molho e fé no deus deles. Uma malta que se reúne sob a égide de um pastor não declarado. Mas ele está lá. Dá ordens sorrateiras ao baterista. Anuncia o próximo número em palco, qual acto circense, e tem jeito para umas alfinetadas sócio-politicas. O resto do rebanho emana talento musical que até fede ao subirmos a Praça da Alegria. O cabecilha desta malta já vergou os 30`s. Por vezes soa ressabiado. É natural. Está cansado da luta e quer entregar o que não conseguiu erguer. Mas tem discípulos. E muito bons. Samuel Úria é o topo. Procurem ou deixem um primo mais novo vos falar nele daqui a 5 anos.
Os rapazes mais novos dividem-se por inúmeros projectos musicais, ainda que na noite de quinta-feira estivessem todos unidos em torno do repertório da FlorCaveira. Dos vários artistas daquela companhia. Simpáticos, seguidores por natureza. Comentava-se para o lado que noutros tempos não se queria era ser de nada. Era uma comunidade de independentes. Coisa dos 90`s. Actualmente, essa sensação naif de liberdade está entregue ao associativismo declarado. Antes pertencer do que esquecer.
É a nova malta fervilhante da música portuguesa. Faz as delícias da imprensa que busca sempre algo de novo. Mas não só. São modernos. Ouviram coisas antigas mas esborratam a pintura com modernice. Só porque sim e não me parecem muito disponíveis para discussões tolas em torno de influências. Eles resolvem tudo no intervalo do espectáculo no Maxime. Chutam Carlos Paredes para o som ambiente e chamam o Reininho para o palco. Mas o Reininho? Sim. Outra e mais outra vez. O gajo não tem nada a provar. Ele está sempre “lá”. Naquele cantinho pós-modernista. Quem não o percebe, nem percebe o que se passou ontem, e que talvez hoje já não interesse, talvez tenha que ir em busca de dicionários sociais. É um lufa-lufa e nada é de ninguém e tudo é de todos…
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