Férias (15 dias)

É apenas um adeus e até já. Até porque é difícil despedir-me de ti...

Vou agarrar em balões de paciência e espetá-los no encéfalo. Para este semestre já esgotei todos. O empréstimo ao banco “da paciência” não rendeu e agora vou ter que pagar uns juros muito altos…

Até já, e por favor, continuem a borrifar-se para tudo e todos. Há ainda muita mais água para borrifar…

O Fausto hoje no Seixal...

...e a mim só me apetece cantar "A Internacional"!!!

De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!

Refrão
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Duma Terra sem amos }bis
A Internacional.

Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistemos
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos,
Tudo o que a nós diz respeito!

Como se contorna...

...a frontalidade?

Comigo a anatomia enlouqueceu:

... sou todo coração...

Acontece

Mudar de vida....

....ou nem tanto....

Arrumar a casa. Deitar fora lembranças de uma adolescência prometedora, que resultou num enorme vazio bacoco. Os significantes deitam-se fora. Batem-se as palmas para sacudir o pó e pensa-se "estavas a mais nos meus olhos"...

Penso em Nega Gizza (o álbum chega a casa dois anos depois)

«Prostituta»

...as familias me odeiam por causa da luxuria mas só vendo minha carne e meu carinho a que me procura. entre logo e feche a porta meu cliente, tire a roupa lave o sexo, tome a pasta escove o dente não pense no pecado tenha decisão sou seu video game ligue aqui nesse botão, goze logo o tempo é curto o preço é justo outros homens me esperão ...
Sou puta sim vou vivendo do meu jeito, prostituta atacante vou driblando o preconceito

A letra do tema «Prostitua» (arrepiante)

Aos domingos...

...para quem ficou interessado na coisa...

O Primeiro de Janeiro:

A Saudável Aflição do Agora

Os cowboys da Carris…

…profissionais. Implacáveis. Duros. Eles trocam de serviço quando lhes apetece e a que horas lhes apetece. Esteja vazio ou cheio, o autocarro tem que assistir aos 7 minutos de eloquência sensual entre os olhos nos olhos dos dois motoristas. Eles não se importam com a assistência. Podiam esperar pelo fim do percurso. Mas não. «Eles que esperem», pensam eles, referindo-se aos utentes. «Primeiro, o amor». Deliciam-se.

Aquele refegar do triângulo do baixo ventre aguça o bigode do parceiro, enquanto lhe promete «ainda está quentinho», numa dúbia alusão ao banco do motorista ou…Ao sair do seu posto de trabalho encena o “cóxis” faminto perante o bigode saltitante do seu companheiro. Este, ainda lhe passa a mão pela camisa suada de algumas horas de «aquecimento»…Trocam palavras comuns para enganar a plateia «então o outro depois vai lá ter, né?»…Despedem-se com um até já mais cúmplice…cerca de 20 pessoas assistem a este bailado amoroso…Vezes sem conta…trocando ou não de personagens…

Alguém poderia sugerir aos digníssimos motoristas da Carris, que essas intimidades tinham menos exposição no fim do percurso que lhes está estipulado. Ao invés do voyeurismo a que obrigam o utente a assistir com prejuízo moral, e de tempo, para os que lhes facultam os ordenados…

No metro…

…um moço…que tinha cabelo…perdão, mas alguém lembra-se daquelas tigelas pós-Stromberg? Aquelas que começavam nas fontes e desciam em paralelo com as orelhas em formato de capacete capilar. Alguém se lembra? Não é tigela em cima da cabeça e já está. Isso é facilitismo. Isso nem artístico é. Isso é meter pedras no chão e esperar que a calçada se componha. Estou a escrever sobre técnica, ok?

…o terror daquele embuste passeou-se com ar de quem consegue baixar o preço do sofrimento de uma meretriz de 50 para 49 euros…E não é que aquele bastardo estava vestido com um São Bernardo?!?! Aqueles blusões pré-1994…Ó meu grande estupor, mas tu estiveste preso, ou quê? Ah, estava na estação de metro dos Olivais…

Dedico-lhe o tema dos 4Skins: «A.C.A.B.», na versão original All Cops Are Bastards, transformada para aquele miserável atentado estético para All Chungas Are Bastards…

O nome do senhor...

...é, inevitavelmente, António Lobo Antunes. O nome do autor pressupõe uma infinidade de coisas, certo? Portanto, vou só perguntar aos visitantes desta tasca-de-letras-chic se viram a entrevista ao senhor feita pela Ana ex-Rebelo de Sousa, esta terça-feira na 2:?

Dois registos…

Ao cabo de 22 anos, o Tacão Grande mudou de gerência. Obviamente é assunto pouco relevante para o comum dos mortais. Mas lá dizia determinada noctívaga, «epá, isso é um clássico». Era um clássico do Bairro Alto. A Dona Lena, digníssima meia-proprietária, confessava-me «já não sirvo à noite». Realmente, a nobreza do homem é conhecer-se. Fica o registo de um local em que as tribos não eram tribos. Tudo era de todos. Muita particularidade portuguesa naquele bar. O som nem sempre cumpriu. A Dona Lena sempre cumpriu. E o que realmente interessa? As pessoas. Bem me parecia que vocês concordavam.

O Jo Soares saiu do ar. A GNT deu lugar à TV Record. Nem vou discutir a troca. Lamento apenas deixar de assistir ao melhor programa de entretenimento do mundo. Repito, do mundo. Cá as parvoeiras do Jay Leno, ou a estupidez americana do Conan, ou o nosso pimba-chic do Herman. O Jo Soares é classe pura. Entretenimento do mais alto nível. Tanto convida um cientista para debater quântica como convida o escandalosamente bom actor, Matheus Nachtergaele (O «Cenoura» de «Cidade de Deus»), ou um saxofonista cubano. Enfim, o momento menos conseguido a nível de conteúdo seria mesmo a presença de modelos que todos os meses alimentam os olhos másculos através das capas de revistas. Ok, erro no conteúdo e acertava na(s) forma(s)…Vou ter saudades dos «beijos do Gordo»...

O Primeiro de Janeiro ao domingo...

...tem um suplemento de cultura...
...tem vários artigos...
...tem, entre eles, um meu...
...tem, a partir deste Domingo até Junho, umas linhas minhas...

aqui...

Estreia

Antídoto para a ressaca

Ao padecer de uma doença social como o futebol, coisa que a etiologia nunca soube diagnosticar correctamente, o referido desporto desdobra-se múltiplas capacidades. A última encontrada foi o poder de curar uma ressaca.

Sábado à tarde. Freguesia de Santa Maria dos Olivais. Jogo de futsal feminino. Categoria de juniores (sei lá, tinham cara suficiente para não lhes olhar para o corpo). O adversário não interessa. O Sport Lisboa Olivais deixou empatar o jogo mesmo ao terminar da contenda. Havia claque. A subtileza feminina a dominar a bola no peito, acima dos seios. Sábado à tarde. Um dia tão bonito, e eu não fornico.

Prlim…

Boozoo Bajou: «Take it slow», com Joe Dukie & U-Brow

quer dizer, o melhor seria...
The Business: «Saturday`s Heroes», do álbum «Hardcore Hooligans»